domingo, 30 de agosto de 2015

A REENCARNAÇÃO ESTÁ NA BÍBLIA?

Diversas passagens de maneira clara ou indireta, contidas nos ensinamentos de Jesus e dos profetas, mostram que a reencarnação está na Bíblia: 

"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Por ventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos: e não aceitais o nosso testemunho.
Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?" - (João 3.3-12).


"Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor;
E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição" - (Malaquias 4.5-6)


"E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos.
E os discípulos o interrogaram, dizendo: porque dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas;
Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o filho do homem.
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista" - (Mateus 17.9-13)


"Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas, e prepara-te para a inquirição de seus pais. Porque nós somos de ontem, e nada sabemos, porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra" - (Jó 8.8-9).
"Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer" - (I Corintios 15.35-36)

A reencarnação não foi inventada pelo Espiritismo. Ela consta nos princípios de diversas religiões orientais desde a mais remota antiguidade. E como mostra as citações acima, ela está explícita ou implicitamente contida na Bíblia, sendo necessárias as mais fantasiosas explicações para colocar ali outro sentido que não as múltiplas experiências na carne.
Racionalmente não há como negar a reencarnação. Se tivéssemos apenas uma oportunidade de vida terrena, a justiça de Deus seria incompreensível. O Pai, em sua imensa sabedoria, criou seus filhos em igualdade de condições e deu a eles igualmente as mesmas oportunidades de crescimento. Não fosse assim teríamos que admitir um Deus parcial, intolerante, injusto e severo, que permitiria todas as misérias e desigualdades sempre existentes no mundo, aquinhoando uns e castigando outros a seu bel prazer.
A pluralidade das existências é, pois, necessária ao aprimoramento das qualidades do ser imortal e para bem entender a justiça de Deus. Só pelas múltiplas oportunidades de vida poderemos compreender o amor do Criador por suas criaturas. Ele permite o aprendizado na carne para a conquista da verdadeira morada , a vida espiritual, através do esforço de cada um em vencer suas más tendências para atingir a plenitude, a perfeição.
Somos todos seres atrelados às leis divinas que regem o universo, quer acreditemos ou não. Uma delas é a lei de evolução dos seres. Seria insensatez supor que em apenas uma existência terrena, atingiremos a tão sonhada perfeição de que nos fala o Mestre em Mateus, capítulo V, versículos 44-48: 


"Sede vós logo perfeitos, assim como vosso Pai Celestial é perfeito". 

"Somente a reencarnação pode dizer ao homem de onde ele vem, para onde vai, por que se encontra na Terra e justificar todas as anomalias e todas as injustiças aparentes da vida" - (Allan Kardec). 



"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" - (I Corintios 15.19).

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

VOLTANDO AS ATIVIDADES




Bom dia queridos irmãos e irmãs, companheiros de fé Espírita.

Essa humilde postagem marca o retorno das atividades desta pagina que não tem numa pretensão especial, a não ser a de divulgar os ensinamentos Espíritas e levar consolo a todos aqueles que querem respostas aos porquês da vida.

Passamos três anos ausentes, mas agora nos esforçaremos para manter sempre atualizado nosso blog com muito amor e dedicação.

Desejamos a todos e todas muita paz, amor e luz.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Medicina e Espiritualidade.


A medicina humana não admite a existência do Espírito, não reconhecendo, conseqüentemente, as doenças espirituais. No passado, porém, durante séculos, o Espírito era considerado causa de doença, principalmente na loucura onde parecia evidente seu parentesco com o mal. Quando a Medicina começou a descobrir a fisiologia mecanicista dos fenômenos biológicos, excluiu dos meios acadêmicos a participação da alma, inclusive na criação dos pensamentos, que passaram a ser vistos como “secreção” do cérebro, e as doenças mentais, como distúrbios da química dos neurônios.
O médico espírita que pretender retomar, nos dias de hoje, a discussão sobre as doenças espirituais precisa expurgar, em primeiro lugar, a “demonização” das doenças, um ranço medieval que ainda contamina igrejas e repugna o pensamento médico atual.
A medicina moderna aprendeu a ajuizar os sintomas e os desvios anatômicos, usando sinais clínicos para fazer as classificações das doenças que conseguiu identificar. Para as doenças espirituais, porém, fica faltando conhecer “o lado de lá” de cada paciente para podermos dar um diagnóstico correto para cada necessitado. Já no século XVII, Paracelso atribuía causas exteriores ou perturbações internas aos doentes mentais, destacando os lunáticos (pela interferência das fases e movimentos da Lua), os insanos (pela hereditariedade), os vesanos (pelo abuso de bebida ou mau uso de alimentos) e os melancólicos (por um vício de natureza interna).
Para as doenças espirituais também percebemos causas externas e internas. Por enquanto, nossa visão parcial nos permite apenas uma proposta onde constem as possíveis causas da doença espiritual, sem o rigor que uma avaliação individual completa exigiria, adotando-se para tanto a seguinte classificação: doenças espirituais auto-induzidas (por desequilíbrio vibratório e auto-obsessão), doenças espirituais compartilhadas (por vampirismo e obsessão), mediunismo e doenças cármicas.

As Doenças Espirituais auto-induzidas
Por desequilíbrio vibratório

O perispírito é um corpo intermediário que permite ao espírito encarnado exercer suas ações sobre o corpo físico. Sua ligação é feita célula a célula, atingindo a mais profunda intimidade dos átomos que constitui a matéria orgânica do corpo físico. Esta ligação se processa pelas vibrações de cada um dos dois corpos – físico e espiritual – cujo “ajuste” exige uma determinada sintonia vibratória. Como o perispírito não é prisioneiro das dimensões físicas do corpo de carne, podendo manifestar suas ações além dos limites do corpo físico pela projeção dos seus fluidos, a sintonia e a irradiação do perispírito são dependentes unicamente das projeções mentais que o espírito elabora, do fluxo de idéias que construímos. De maneira geral, o ser humano ainda perde muito dos seus dias comprometido com a crítica aos semelhantes, o ódio, a maledicência, as exigências descabidas, a ociosidade, a cólera e o azedume entre tantas outras reclamações levianas contra a vida e contra todos. Como o vigiai e orai ainda está distante da nossa rotina, desajustamos a sintonia entre o corpo físico e o perispírito, causando um “desequilíbrio vibratório”. Essa desarmonia desencadeia sensações de mal-estar, como a estafa desproporcional e a fadiga sistemática, a enxaqueca, a digestão que nunca se acomoda, o mau humor constante e inúmeras outras manifestações tidas como “doenças psicossomáticas”. Ainda nos dedicamos pouco a uma reflexão sobre os prejuízos de nossas mesquinhas atitudes, principalmente em relação a um comportamento mental adequado.

Por auto-obsessão

O pensamento é energia que constrói imagens que se consolidam em torno de nós. Impressas no perispírito elas formam um campo de representações de nossas idéias. À custa dos elementos absorvidos do fluido cósmico universal, as idéias tomam formas, sustentadas pela intensidade com que pensamos nelas. A matéria mental constrói em torno de nós uma atmosfera psíquica (psicosfera) onde estão representados os nossos desejos. Neste cenário, estarão todos os personagens que nos aprisionam o pensamento pelo amor ou pelo ódio, pela indiferença ou pela proteção, etc. Medos, angústias, mágoas não resolvidas, idéias fixas, desejo de vingança, opiniões cristalizadas, objetos de sedução, poder ou títulos cobiçados, tudo se estrutura em “idéias-formas” na psicosfera que alimentamos, tornando-nos prisioneiros dos nossos próprios fantasmas. A matéria mental produz a “imagem” ilusória que nos escraviza. Por capricho nosso, somos, assim, “obsedados” pelos nossos próprios desejos.

As doenças espirituais compartilhadas

Por vampirismo

O mundo espiritual é povoado por uma população numerosíssima de Espíritos, quatro a cinco vezes maior que os seis bilhões de almas encarnadas em nosso planeta. Como a maior parte desta população de Espíritos deve estar habitando as proximidades dos ambientes terrestres, onde flui toda a vida humana, não é de se estranhar que esses Espíritos estejam compartilhando das nossas condutas. Podemos atraí-los como guias e protetores, que constantemente nos inspiram, mas também a eles nos aprisionar pelos vícios – o álcool, o cigarro, as drogas ilícitas, os desregramentos alimentares e os abusos sexuais. Pare todas essas situações, as portas da invigilância estão escancaradas, permitindo o acesso de entidades desencarnadas afins. Nesses desvios da conduta humana, a mente do responsável agrega em torno de si elementos fluídicos com extrema capacidade corrosiva de seu organismo físico, construindo para si mesmo os germens que passam a lhe obstruir o funcionamento das células hepáticas, renais e pulmonares, cronificando lesões que a medicina considera incuráveis. As entidades espirituais viciadas compartilham dos prazeres do vício que o encarnado lhes favorece e ao seu tempo estimulam-no a nele permanecer. Nesta associação, há uma tremenda perda de enrgia por parte do encarnado. Daí a expressão vampirismo ser muito adequada para definir esta parceria.

Por obsessão

No decurso de cada encarnação, a misericórdia de Deus nos permite usufruir das oportunidades que melhor nos convém para estimular nosso progresso espiritual. Os reencontros ou desencontros são de certa maneira planejados ou atraídos por nós para os devidos resgates ou para facilitar o cumprimento das promessas que desenhamos no plano espiritual. É assim que, pais e filhos, reencontram-se como irmãos, como amigos, como parceiros de uma sociedade. Marido e mulher que se desrespeitaram, agora se reajustam como pai e filha, chefe e subalterno ou como parentes distantes, que a vida dificulta a aproximação. As dificuldades da vida de uma maneira ou de outra vão reeducando a todos. Os obstáculos que à primeira vista parecem castigo ou punição trazem no seu emaranhado de provas a possibilidade de recuperar danos físicos ou morais que produzimos no passado.
No decorrer de nossas vidas, seremos sempre ganhadores ou perdedores na grande luta da sobrevivência humana. Nenhum de nós percorrerá essa jornada sem ter que tomar decisões, sem deixar de expressar seus desejos e sem fazer suas escolhas. É aí que muitas e muitas vezes contrariamos as decisões, os desejos e as escolhas daqueles que convivem próximo a nós. Nos rastros das mazelas humanas, nós todos, sem exceção, estamos endividados e altamente comprometidos com outras criaturas, também exigentes como nós, que como obsessores vão nos cobrar noutros comportamentos, exigindo-nos a quitação de dívidas que nos furtamos em outras épocas. Persistem como dominadores implacáveis, procurando nos dificultar a subida mais rápida para os mais elevados estágios da espiritualidade. Embora a ciência médica de hoje ainda não a traga em seus registros, a obsessão espiritual, na qual uma criatura exerce seu domínio sobre a outra, é, de longe, o maior dos males da patologia humana.

Por mediunismo

São os quadros de manifestações sintomáticas apresentadas por aqueles que, incipientemente, inauguram suas manifestações mediúnicas. Com muita freqüência, a mediunidade se manifesta de forma tranqüila e é tida como tão natural que, o médium, quase sempre ainda muito jovem, mal se dá conta de que o que vê, o que percebe e o que escuta de diferente. Outras vezes, os fenômenos são apresentados de forma abundante e o principiante é tomado de medos e inseguranças, principalmente, por não saber do que se trata. Em outras ocasiões, a mediunidade é atormentada por espíritos perturbadores e o médium se vê às voltas com uma série de quadros da psicopatologia humana, ocorrendo crises do tipo pânico, histeria ou outras manifestações que se expressam em dores, paralisias, anestesias, “inchaço” dos membros, insônia rebelde, sonolência incontrolável, etc. Uma grande maioria tem pequenos sintomas psicossomáticos e se sente influenciada ou acompanhada por entidades espirituais. São médiuns com aptidões ainda muito acanhadas, em fase de aprendizado e domínio de suas potencialidades, uma tenra semente que ainda precisa ser cultivada para se desabrochar.
 
Por “doenças cármicas” (compromissos adquiridos)

A “doença cármica” é antes de mais nada uma oportunidade de resgate e redenção espiritual. Sempre que pelas nossas intemperanças desconsideramos os cuidados com o nosso corpo e atingimos o equilíbrio físico ou psíquico do nosso próximo, estamos imprimindo estes desajustes nas células do nosso corpo espiritual. É assim que, na patologia humana, ficam registrados os quadros de “lúpus” que nos compromete as artérias, do “pênfigo” que nos queima a pele, das “malformações” de coração ou do cérebro, da “esclerose múltipla” que nos imobiliza no leito ou das demências que nos compromete a lucidez e nos afasta da sociedade.
Precisamos compreender que estas e todas as outras manifestações de doença não devem ser vistas como castigos ou punições. O Espiritismo ensina que as dificuldades que enfrentamos são oportunidades de resgate, as quais, com freqüência, fomos nós mesmos quem as escolhemos para acelerar nosso progresso e nos alavancar da retaguarda, que às vezes nos mantém distantes daqueles que nos esperam adiante de nós. Mais do que a cura das doenças, a medicina tibetana, há milênios atrás, ensinava que médicos e pacientes devem buscar a oportunidade da iluminação. Os padecimentos pela dor e as limitações que as doenças nos trazem sempre possibilitam esclarecimento, se nos predispormos a buscá-lo. Mais importante do que aceitar o sofrimento numa resignação passiva e pouco produtiva é tentar superar qualquer limitação ou revolta, para promovermos o crescimento espiritual, através desta descoberta interior e individual.

(Dr. Nubor Orlando Facure – Neurologista)
Artigo inserido no Jornal Espírita de julho de 2004

sábado, 11 de agosto de 2012

Como o Espiritismo explica o Céu, o inferno e o purgatorio?




Segundo o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários. O objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição das imperfeições e aquisição dos valores morais que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou à conquista do chamado "céu". Por acreditar que o mundo espiritual é a verdadeira morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as regiões celestiais ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, o Espiritismo acredita habitarem Espíritos que trabalham na edificação do mundo novo. Na verdade, o céu não se trata de um lugar demarcado, mas de um estado de perfeição espiritual conquistado individualmente pelo Espírito, através de seu constante esforço. O que vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso. 

"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras" - (Mateus 16.27).
"A felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência e moralidade" - (Allan Kardec).
Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem da sua glória, e não para condená-los a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas eternas são incompatíveis com a justiça do Pai.
A criação do inferno cristão se origina das concepções pagãs das penas e gozos eternos, com uma grande dose de exagêro. Deus condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões de dores e sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento :

"...Ou qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem" (Mateus - 7.11). 

Portanto Deus, em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.
O inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem. São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno dentro de suas próprias consciências e que, através de novas oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências encarnatórias também alcançarão a perfeição. 


"E Ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
E, achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso;
E, chegando a casa convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" - (Lucas 15.3-7).

 
"Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" - (Mateus 18.14).
O chamado purgatório, por sua vez, é uma condição de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes. Esta idéia é defendida por várias religiões, inclusive o Espiritismo, com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, o purgatório é também um estado de espírito e não um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos sofredores.

Analisando a questão por outro aspecto e levando-se em consideração que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação em mundos de provas e expiações, como a Terra por exemplo, funciona como uma "purgação" para o Espírito que almeja sempre sua felicidade em condições melhores.

"O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro" (Allan Kardec). 

"Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, se não que todos venham a arrepender-se" - (II Pedro 3.8-9).


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O Evangelho no Lar

 "Porque onde estiverem reunidos em meu nome, lá estarei presente."  Jesus. (MATEUS, 18:20.)

 
Finalidade: trata-se de um encontro semanal, sendo previamente marcado o dia e a hora, (devendo ser repetido sempre no mesmo dia e hora da semana) com o objetivo de reunir a família em torno dos ensinamentos evangélicos, à luz do Espiritismo, e sob a assistência dos Benfeitores Espirituais.

1. Participantes:

  • podem ser todas as pessoas do lar, inclusive as crianças.
  • ou ainda pode ser feito por apenas uma pessoa da casa.

2. Roteiro da Reunião:

  1. leitura, sem comentários, de uma página de um livro (por exemplo, Pão Nosso, Fonte Viva, entre outros);
  2. prece inicial;
  3. leitura e comentários de um tópico de O Evangelho segundo o Espiritismo, estudado de forma seqüêncial;
  4. prece de encerramento.

3. Recomendações:

  • o tempo da Reunião deve ser, no máximo, de uma hora;
  • evitar a manifestação mediúnica de Espíritos;
  • pode-se colocar água para ser beneficiada pelos Protetores Espirituais e, após, repartida entre os participantes;
  • a presença de visita, não deve ser motivo para suprimir a Reunião.
  • no caso de se perder o dia da reunião em determinada semana, pode-se continuar na próxima;
  • quando toda a familia participa e acontecer de ter uma só pessoa no dia marcado, a reunião deve acontecer normalmente;
  • no caso de viagem, a familia pode realizar a reunião onde estiver;

Culto Cristão no Lar

O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação. A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes. A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.

Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.

A observação impensada é ouvida sem revolta.

A calúnia é isolada no algodão do silêncio.

A enfermidade é recebida com calma.

O erro alheio encontra compaixão.

A maldade não encontra brechas para insinuar-se.

E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.

Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.

Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.

Emmanuel

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar. Por diversos Espíritos. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997. Cap 1, p. 11-12.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Livros da codificação Espírita

                                                               

O Livro dos Espíritos

 

Filosofia Espiritualista

Contendo

Os princípios da Doutrina Espírita

sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec.

O Livro dos Médiuns


Espiritismo Experimental

Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Em continuação de "O LIVRO DOS ESPÍRITOS"


O Evangelho Segundo o Espiritismo


Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo
e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida.

O Céu e o Inferno


 OU
A JUSTIÇA DIVINA SEGUNDO O ESPIRITISMO

Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte.

A Gênese


OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO

A Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos.
A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza.
Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas.
Para Deus, o passado e o futuro são o presente.



7º SIMESPE – Simpósio de Estudos e Práticas Espíritas em Pernambuco


Tema Central: VIVER JESUS: A ÚNICA ALTERNATIVA! JÁ NÃO VOS DIGO AMANHÃ, O EVANGELHO NOS CONCLAMA: AGORA!
Datas:
24 a 26 de agosto de 2012.
http://federacaoespiritape.org/wp-content/uploads/2012/01/7_Simespe_banner.jpgLocal:
Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco.
Palestrantes:
Alberto Almeida, Divaldo Pereira Franco, Frederico Menezes, Haroldo Dutra Dias, Juselma Coelho, Silvério Pessoa e Simão Pedro.
Objetivo do Simpósio:
O principal objetivo é a divulgação da doutrina espírita, porém também possibilita a distribuição da pomada Vovô Pedro, que é fabricada anualmente no Grupo Espírita Seara de Deus, onde são manipulados 100.000 potes de pomada que são distribuídos de forma totalmente gratuita.
O SIMESPINHO:
Evento para crianças de 5 a 12 anos, que será realizado em paralelo ao 7º SIMESPE.
Onde comprar o ingresso:
Os ingressos do 7º SIMESPE, que vem acompanhado de um CD-MP3 contendo todas as palestras do 6º SIMESPE e um livro de Divaldo Pereira Franco que será entregue no dia do evento, estão disponíveis no Grupo Espírita Seara de Deus e em mais de 100 instituições espíritas de Pernambuco que integram a fabricação da Pomada Vovô Pedro. O valor do ingresso é R$ 60,00 até o dia 31/01/2012, após esta data o valor será de R$ 70,00 até a data do evento. Você pode dividir este valor em 3 vezes, em todos os cartões de crédito, no Grupo Espírita Seara de Deus. Até o final deste mês (janeiro/2012) os ingressos serão vendidos com preço reduzido, a partir de fevereiro/2012 o ingresso terá um novo valor até o dia do evento.
Contatos do Grupo Espírita Seara de Deus: (81) 3434-1128 – 8838-2303
Divulgação do evento:
Estamos encaminhando o cartaz do evento e os dados dos palestrantes, pedindo que vocês divulgem o 7º SIMESPE em suas casas de oração e trabalho. Criamos também um vídeo divulgando o evento que colocamos no youtube no link abaixo:
Outras informações pelos fones: (81) 3434-1128 e 8838-2303.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Quem é Jesus e qual a sua missão Segundo Espiritismo?

 Em O Livro Dos Espíritos temos:

"625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
'
Jesus.'

Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava."

Jesus Cristo é o Messias divino e sua palavra é a verdade.
O Espiritismo apenas admite o seu caráter humano, e isso em nada pode ser tomado como absurdo. Rejeitando o dogma da divindade de Jesus, o Espiritismo nega somente o que resultou da elaboração de mentes humanas (ratificada apenas no Concílio de Nicéia, em 325 d.C.) na composição de uma teologia que expressa, nesse particular como em muitos outros, uma posição contrária ao pensamento do próprio Cristo, uma vez que ele mesmo se coloca em posição de inferioridade em relação a Deus, subordinado a Ele, e se declarando como Seu enviado, como demonstrado pelos versículos abaixo:

João 14:28 - Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu.

João 5:30 - Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma ; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

João, 7:28 - Jesus, pois, levantou a voz no templo e ensinava, dizendo: Sim, vós me conheceis, e sabeis donde sou; contudo eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis .

João 12:49-50 - Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois, que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me ordenou.

Lucas 13:33 - Importa, contudo, caminhar hoje, amanhã, e no dia seguinte; porque não convém que morra um profeta fora de Jerusalém.

João 14:24 - Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou.

João, 8:28-29 - Prosseguiu, pois, Jesus: Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então conhecereis que eu sou, e que nada faço de mim mesmo; mas como o Pai me ensinou, assim falo. E aquele que me enviou está comigo; não me tem deixado só; porque faço sempre o que é do seu agrado .

Lucas 22:41-42 - E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.

João 20:17 - Disse-lhe Jesus: deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus .

! Todas palavras do próprio Cristo expressas nessas passagens seleccionadas !
Palavras repetidas várias e várias vezes nos Evangelhos por Jesus! Como negá-las?
Daremos a Jesus um atributo que ele próprio negou de forma tão clara e veemente, sem uso de alegorias, por diversas vezes? Quem, mais do que ele, poderia saber sobre sua própria natureza? Os teólogos?

Em sendo tão repetitivo se declarando, de forma totalmente espontânea, inferior a Deus e como sendo o Seu enviado, nos chega o pensamento que ele sabia o que seria feito pelo homem mais a frente e, por isso, tratou de ser enfático neste ponto
Para finalizar, um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, para elucidar o que Jesus representa para os espíritas: “mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humano.

A Reencarnação é o tema da Mostra Espírita 2012


Reencarnação: Mecanismo de Evolução é o tema deste ano da Mostra Espírita, evento realizado anualmente pela Federação Espírita Pernambucana, sempre no mês de setembro.
Quando: 21, 22 e 23 de setembro de 2012(Sexta, sábado e domingo)
Onde: Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
Palestrantes: Ana Guimarães - Rio de Janeiro; Djalma Argollo– Bahia; Geraldo Campetti - Federação Espírita Brasileira -Distrito Federal; Richardo Simonetti – São Paulo e Sérgio Ramos – Pernambuco.
Os palestrantes convidados abordarão subtemas relevantes ao tema transversal e trarão, por meio das palestras proferidas, as informações da Espiritualidade Superior no que diz respeito à Reencarnação como manifestação da Justiça e Misericórdia de Deus e como instrumento da Lei de Progresso e coadjuvante da Lei de Ação e Reação.
Todos estão convidados a participar desse evento, cujo foco prima pela divulgação dos Postulados Espíritas, trazidos à lume pelo insigne Codificador da Doutrina Espírita – Allan Kardec.
Ingressos à venda na Livraria da FEP e em breve nos centros espíritas da Capital e Área Metropolitana do Recife. Mais informações pelo e-mail: presidencia@fepernambucana.org e pelos fones: (81)3241-2157 ou 3426-3615.

O que é o Espiritismo?


Kardec definira o Espiritismo como uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corporal. É ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se pode estabelecer com os Espíritos; como filosofia, abrange todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.
Delanne escreveu que o Espiritismo, que tem por principal objetivo nos demonstrar a existência da alma após a morte, nos dá as indicações precisas sobre a vida futura, nos permite compreender a bondade e a justiça de Deus, nos fornece a explicação de nossa existência sobre a terra. Em uma palavra, é a ciência da alma e de seus destinos.